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Diante das recentes ocorrências de intoxicação por metanol registradas em diferentes estados do país, a Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) e a Secretaria da Saúde (Sesa) estão atuando de forma integrada para garantir resposta rápida e coordenada em possíveis casos no estado.
A Polícia Científica é o único órgão no Espírito Santo preparado para identificar a presença de metanol tanto em amostras biológicas (sangue e urina) de casos suspeitos quanto em bebidas apreendidas.
Na manhã desta segunda-feira (6), foi realizada uma reunião de alinhamento entre as equipes da PCIES e da Sesa, com o objetivo de definir protocolos de cooperação para agilizar as análises laboratoriais e o direcionamento dos tratamentos em casos suspeitos.
“Mesmo sem casos confirmados no estado, é fundamental que estejamos prontos. Nosso papel é garantir que o Espírito Santo esteja preparado para responder de forma técnica e imediata, com base em evidências científicas e protocolos bem definidos. A integração entre os órgãos é essencial para proteger a população e assegurar diagnósticos rápidos”, destacou Carlos Alberto Dalcin, perito oficial geral da PCIES.
O Centro de Informações e Assistência Toxicológica (CIATox) da Sesa atuará em conjunto com o Laboratório de Toxicologia Forense (LABTOX) da PCIES, responsável pelas análises laboratoriais dos casos suspeitos encaminhados pela Secretaria da Saúde. O objetivo é subsidiar os diagnósticos clínicos, garantindo o direcionamento correto e ágil dos tratamentos, uma vez que muitos sintomas podem se confundir com os efeitos do consumo habitual de álcool.
Caso ocorram casos confirmados, o LABTOX também acompanhará o monitoramento dos pacientes em tratamento, por meio de exames laboratoriais de sangue periódicos que permitem avaliar a eficácia e a dosagem adequada do antídoto.
“A administração do antídoto precisa ser monitorada para garantir que a dose seja suficiente e aplicada em intervalos adequados. Em situações assim, será necessário realizar exames de sangue em intervalos de horas”, explicou Daniela de Paula, perita oficial geral adjunta.
“Essa atuação extrapola as atribuições regulares da Polícia Científica, cuja missão principal é materializar crimes, orientar as investigações conduzidas pelas forças de segurança e fornecer subsídios técnicos aos processos judiciais. Diante dessa nova situação, estamos prontos para apoiar a Sesa e a população capixaba”, afirmou Mariana Dadalto Peres, chefe do LABTOX.
Paralelamente, o Laboratório de Química Forense (LABQUIM) da PCIES atuará em parceria com a Vigilância Sanitária e o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) nas análises de identificação e quantificação de metanol em bebidas apreendidas.
“Mais do que identificar, é preciso quantificar a substância, já que pequenas concentrações de metanol podem ocorrer naturalmente em diversos tipos de bebidas alcoólicas. A quantificação precisa é o que permite determinar se houve ou não adulteração criminosa”, detalhou Yonara Brandão, perita oficial criminal responsável pelo LABQUIM.
Até o momento, não há casos confirmados de intoxicação por metanol no Espírito Santo. A Polícia Científica reafirma que está preparada para responder com agilidade e rigor técnico a qualquer situação que venha a ocorrer, atuando em defesa da saúde pública e da justiça.
Assessoria de Comunicação da Polícia Científica (Ascom/PCIES)
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