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Rafael Pereira de Souza, perito oficial da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES), lidera o desenvolvimento e a implantação da solução Gestor de Criminalística, Identificação Humana e Medicina Legal (GCRIM) da plataforma do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).
Cidadãos, peritos e demais atores dos sistemas de Justiça e Segurança Pública terão acesso a um fluxo mais transparente, ágil e seguro na tramitação de procedimentos periciais, na cadeia de custódia, na comunicação automatizada e na interface unificada que beneficiará toda a sociedade.
Para cidadãos, o GCRIM representará um avanço significativo. “Os cidadãos receberão os status das solicitações feitas à Polícia Científica por meio do e-mail, e, futuramente, por SMS. Isso evita que o cidadão tenha o desgaste de se deslocar à Polícia Científica para obter os documentos que tenha solicitado”, explicou Rafael Pereira de Souza.
Na busca por pessoas desaparecidas, o sistema permitirá pesquisas direcionadas com base em características físicas registradas: altura, tatuagens, cicatrizes etc. Isso tornará mais eficiente a localização de corpos não reclamados, não apenas no Espírito Santo, mas em todo o País.
Outra grande conquista com o GCRIM será o fortalecimento da padronização da gestão da Cadeia de Custódia —, o conjunto de procedimentos que acompanham um vestígio ou prova desde a sua coleta até seu destino final. Uma falha nesse processo pode levar à nulidade da prova, comprometer investigações, culminar em absolvições indevidas ou em condenações injustas. Nesse cenário, a Polícia Científica desempenha papel fundamental: os peritos são responsáveis pela guarda e integridade dos vestígios.
Para os peritos criminais, o cotidiano será mais prático e eficiente. Não haverá mais necessidade de guardar comprovantes de papel. Todo material entregue — laudos, vestígios ou qualquer documento — será acompanhado por e‑mail contendo confirmação assinada digitalmente por ambas as partes, além de certificação digital. O envio de documentos será totalmente digital, eliminando impressões desnecessárias. Além disso, cada profissional terá acesso a módulos específicos para sua atividade em uma única interface, simplificando a gestão das tarefas diárias.
O sistema também permitirá rastrear, em tempo real, o percurso dos materiais coletados — por todos os setores pelos quais passam — desde análises até resultados de laudos. A integração de informações em um único sistema acelerará a entrega de laudos e aprimorará a resposta da Polícia Científica à sociedade.
O lançamento oficial do GCRIM ocorrerá ainda em 2025. O Espírito Santo foi um dos estados selecionados para participar da etapa de testes e validação que se estenderá até setembro. Em outubro, a Polícia Científica do Espírito Santo será pioneira na utilização do sistema, liderando o piloto do sistema em conjunto com a Polícia Científica de Alagoas. Até o final do ano, o novo sistema estará disponível para os demais órgãos de perícia.
Sobre Rafael Pereira de Souza
Tornou-se perito em 2014, autuando como perito de local de crime na Seção Regional de Medicina Legal de Colatina (SML‑COL). Formado em Direito, História e Sistemas de Informação, foi mobilizado em 2022 para a Diretoria de Gestão e Integração de Informações (DGI) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Lá, atua como Product Owner (PO), responsável por UI/UX (Interface e Experiência do Usuário), além de Gerente de Projetos do GCRIM, do sistema de Procedimentos Policiais Eletrônicos (PPE) e da Delegacia Virtual (Devir).
“O Ministério da Justiça e Segurança Pública fornece soluções de tecnologia gratuitas para todos os órgãos pertencentes ao SUSP. A única força que não tinha um sistema eletrônico para mapear processos era a Polícia Científica. Desde 2014, eles já trabalhavam no sentido de criar essa solução, porém nunca se obteve êxito, dada a complexidade dos fluxos de nossas atividades, que não é linear como nas outras forças de segurança. Em 2022, iniciou-se mais uma tentativa no sentido de criar esse sistema, e, com isso, o Ministério procurou profissionais da perícia para executar esse trabalho, enviei meu currículo, passei por três entrevistas e finalmente ocorreu em 2022”, explicou o perito Rafael Pereira de Souza.
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